Uma operação da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) contra um grupo suspeito de fraudar seguro de vida prendeu dois suspeitos e apreendeu veículos de luxo avaliados em R$ 1,5 milhões. A ação foi realizada na manhã desta quinta-feira (21) em Belo Horizonte (MG) e no estado de São Paulo.
Dois suspeitos foram presos após o cumprimento dos mandados de prisão preventiva, um em Belo Horizonte e outro em São Paulo.
A Polícia Federal e o Gaeco de São Paulo cumprem dois mandados de prisão e oito de busca e apreensão na “Operação Abutre” — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Durante a operação, também foram apreendidos documentos e materiais de informática que serão analisados pela equipe de investigação, além dos veículos de luxo que somados equivalem a R$ 1,5 milhão.
Os mandados foram cumpridos nas cidades abaixo:
- Araçatuba
- Birigui
- Buritama
- Glicério
- Belo Horizonte (MG)
Empresa de fachada e estelionato
As investigações foram iniciadas em Araçatuba (SP) após a PF e o Gaeco receberem denúncia de que um grupo praticava fraudes contra seguradoras.
Um dos lugares onde foi cumprido mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal e o Gaeco de São Paulo durante a “Operação Abutre” — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Os suspeitos possuíam empresas de fachadas e nelas contratavam o serviço de seguro coletivo de vida. Por meio de informações, identificavam pessoas falecidas devido a acidentes automobilísticos e atraíam os familiares a participarem do esquema.
Em seguida, os investigados forjavam vínculos trabalhistas dos falecidos para acionar e receber prêmios dos contratos de seguros firmados pelas empresas vinculadas ao grupo. Ainda, segundo a polícia, alguns dos familiares das pessoas que morreram tinham conhecimento sobre a fraude e também se beneficiavam.
Polícia Federal e GAECO de São Paulo cumprem mandados de prisão e de busca em operação contra grupo suspeito de fraudar seguros de vida — Foto: Polícia Federal/Divulgação
A pedido da PF, a Justiça Estadual decretou, além das prisões e buscas, o bloqueio de bens e valores dos suspeitos. O montante desviado chega a aproximadamente R$ 110 milhões, segundo a polícia.
