O site A Voz das Cidades foi surpreendido nesta semana por um envelope anônimo deixado em sua caixa de correio, contendo um pen drive com documentos e gravações que apontam para uma possível prática irregular nas eleições municipais de Fernandópolis. Segundo o conteúdo do material recebido, uma mulher, que foi candidata a vereadora na última eleição, teria sido convidada a participar do pleito por intermédio de um vereador, com promessas que não foram cumpridas.
As Revelações do Pen Drive
De acordo com as gravações contidas no pen drive, a candidata afirma ter recebido a promessa de apoio de dois cabos eleitorais para fortalecer sua campanha. No entanto, ela revela que essa promessa não foi cumprida.
A situação se torna ainda mais grave quando, na mesma gravação, a candidata confessa que não votou em si mesma no dia da eleição. Apesar disso, ela afirma ter recebido dois votos, o que lhe garantiu a posição de suplente.
O material também levanta a suspeita de que a candidatura da mulher teria sido articulada apenas para atender à cota mínima de participação feminina exigida pela legislação eleitoral.
Denúncia Anônima e Providências
No envelope, o denunciante — que optou por se manter anônimo — afirmou que toda a documentação foi enviada ao Ministério Público, visando a abertura de uma investigação sobre o caso. A prática relatada pode configurar um crime eleitoral, caso fique comprovado que a candidatura foi utilizada apenas para preencher a cota de gênero, sem a intenção de promover uma disputa legítima.
Se confirmada, a fraude eleitoral pode levar à anulação da chapa do partido e resultar na cassação de pelo menos dois vereadores eleitos pela legenda.
Encaminhamento às Autoridades
Diante da gravidade das acusações, o site A Voz das Cidades decidiu encaminhar o pen drive ao Ministério Público Eleitoral ou à Polícia Federal, para que as autoridades competentes tomem as devidas providências. Nossa equipe reafirma o compromisso com a verdade e com a transparência no processo eleitoral, e acompanhará de perto os desdobramentos desse caso.
A legislação brasileira é clara ao exigir que os partidos políticos cumpram a cota mínima de 30% de candidaturas femininas em eleições proporcionais, como forma de incentivar a participação das mulheres na política. Contudo, práticas como as denunciadas no material recebido podem configurar fraude e prejudicar o fortalecimento da representatividade feminina.
A Voz das Cidades continuará investigando o caso e trará atualizações assim que houver novos avanços nas apurações.