Uma picada de um escorpião-amarelo causou a morte de uma criança de três anos em Jaguariúna, São Paulo. O menino foi levado para o hospital com vida, mas após cerca de 18 horas de aflição, piora constante e sete paradas cardíacas, veio a óbito.
Acidente com escorpião
Em um vídeo feito com o influenciador biólogo Henrique, Michele Carvalho, mãe de Arthur, três anos, explicou como a criança encontrou o animal.
De acordo com ela, o incidente ocorreu em 2 de novembro após um período de fortes chuvas. O escorpião-amarelo estava em uma galocha. Ela relatou como tomou o cuidado de bater o calçado e colocá-lo para dentro antes da criança vestir, mas, mesmo assim, o menino foi picado ao se calçar.
Embora a maioria das pessoas descrevam a dor da picada como excruciante, Arthur chorou pouco após o ocorrido e Michele não percebeu a picada. Foi apenas quando o menino a bota até a mãe que ela encontrou o animal. Imediatamente, colocou em um pote e seguiu para o pronto-socorro.
Atendimento falho
Michele levou Arthur para o Pronto Atendimento Infantil (PAI) da cidade, centro destinado exclusivamente a demandas de urgência e emergência de crianças. No vídeo, explica que demorou cerca de 15 minutos para chegar ao local. Lá, porém, não recebeu o atendimento necessário.
Em entrevista ao iG, Michele disse que a equipe médica do PAI não falou em momento algum sobre a seriedade da situação, não deu orientações, e nem explicou que a picada poderia ser fatal.
A criança foi para o Hospital das Clínicas da Unicamp, faculdade-escola com núcleo de tratamento para animais peçonhentos, onde o menino precisou esperar por mais de uma hora para tomar o soro.
Prefeitura se posiciona
A prefeitura ainda explicou que a distribuidora do soro é de alçada do governo estadual: “O fornecimento e a distribuição dos soros seguem regras e fluxos determinados pela Secretaria de Estado da Saúde, não sendo uma decisão ou governabilidade dos municípios.” ultimosegundo.ig.com.br.